quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Após o termino do meu relacionamento, qual esteriótipo eu sou?





"Eu já fui puta, promíscua, vagabunda
Eu já fui queimada e chamada de bruxa
Eu já fui presa por não ser tão princesa
Desculpa não seguir o padrão de beleza"
Musica: Eu sou mulher - Caroline Alves

      Como boa parte dos brasileiros neste exato momento me encontro totalmente obcecada pelo o reality show Big Brother Brasil 2020. Nesta madrugada, acompanhando o programa, tivemos vários momentos sobre discussões de assuntos importantíssimos, como: assédio, machismo, empatia, sororidade, relacionamentos tóxicos e abusivos.
    Me identificando com alguns dos relatos, hoje quero falar de algo que foi citado pela a cantora/atriz Manu Gavassi: o julgamentos que nós mulheres recebemos após términos de relacionamentos. Em seu relato ela diz: “eu namorei um cara, meu primeiro amor, ele me traia, vinha e falava pra mim, todo cara na tua vida vai te trair, eu se fosse você ficava comigo que você ama...é um cara que depois foi endeusado pelo Brasil e eu fiquei como recalcada". Existem diversas temáticas que eu poderia abordar nesse trecho, mas o meu escolhido foi o esteriótipo dado a Manu após o termino do relacionamento. 
        Faça uma reflexão sobre quantos esteriótipos você já leu nas redes sociais sobre famosas após os términos de seus namoros, ou quais ouviu das meninas da sua cidade, suas amigas, ou até de você (se for mulher). Eu posso citar uns aqui: recalcada, puta, mal cuidada, vagabunda, corna, coitada, largada, trouxa, louca e entre outros. Isso vai depender de como os outros "avaliam" as suas atitudes  durante o namoro (que na realidade ninguém sabe o que realmente acontece). O mais clássico de todos é o LOUCA, que vai ser usado pra desvalidar qualquer coisa que alguma mulher falar. Se você teve mudança de peso: MAL CUIDADA; Se você disse algo que ocorreu no seu relacionamento: RECALCADA; Se "seguiu em frente rápido demais": PUTA; Se ele te traiu, os más gentis vão te chamar de COITADA os más cruéis de CORNA; Se você simplesmente não passava 24 horas no encalço dele ai você pode ser a TROUXA ou VAGABUNDA, ai vai depende da versão dele para a outras pessoas. E assim vai acontecendo todos os julgamentos e rótulos. Isso falando até de um modo um pouco superficial, porque somos "avaliadas" por tudo.
      Citando agora minha experiência pessoal sobre isso, após o fim de um dos relacionamentos que tive, muitas pessoas da cidade me rotularam como vagabunda, pois sempre gostei muito de sair com minhas amigas, então com certeza durante essas saídas eu teria feito algo que merecesse o termino. Não vou entrar no mérito do que aconteceu de verdade, mas assim como embuste que namorou a Manu, ele errou mas exaltado foi ele.
       Não vou dizer que não existem essas situações de julgamento com homens, mas eles não duram, são facilmente perdoados e esquecidos. Nossa sociedade é machista e misógina e tende a ignorar a narrativa das mulheres. Se você é homem e está lendo esse texto, pense quantas vezes ouviu seus amigos chamarem a ex de louca ou vagabunda. E se você é mulher, quantas vezes você ajudou a reproduzi-los.
      A verdade é que relacionamentos são complicados, e só sabem sua realidade é quem vive, mas as mulheres são julgadas por qualquer coisa que fazem, inclusive se tiver a validação de algum homem quanto ao assunto. Afinal, qual esteriótipo de termino de relacionamento eu/você já fomos, ou ajudamos a reforçar?

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Ainda tenho demônios a encarar...



Quando comecei a escrever anos atrás, foi por causa de um coração partido e a insistência em um relacionamento que já estava fracassado. Hoje, eu senti a necessidade de voltar a escrever, porque eu preciso encontrar uma forma de lidar com a minha solidão, ansiedade e compulsividade.

É frustrante ser dependente de outras pessoas, e toda vez que eu tenho um momento de crise eu recorro a alguém, e eu sinto que isso não é certo. A solidão é dolorosa, mas eu preciso aprender a lidar com ela. Passei muito tempo dependendo de uma pessoa pra me manter nos trilhos. 

Tenho tido muitos pensamentos obsessivos com meu corpo, minha roupas e com comida. Do momento que eu acordo, até o momento que meu cérebro desliga, não consigo parar de pensar em tudo isso. E tem sido doloroso, porque isso tira a minha atenção de coisas que eu gosto de fazer. Faz dois meses que eu não tenho uma recaída, mas esse ano eu já tive diversas.   

É exaustivo, você acorda pensando em comida, toma um banho e quando vai vestir uma roupa, encontra um motivo pra não comer. Porque você não se sente bem em nenhuma roupa, e o problema é você. E então pula uma, duas, três refeições e sente seu estomago queimar, e uma estranha sensação de vitória que é viciante. Mas uma hora  fome ataca, e você come desesperadamente e após isso, a tristeza e a culpa te atropela como um trator, e você sente a necessidade de se livrar daquilo. Infelizmente, eu fiz isso tantas vezes esse ano, que não consigo nem contar. 

O máximo de tempo que fiquei sem crises desde quando isso começou, foi 1 ano e 6 meses, me cerquei de pessoas que me apoiavam, e tinha uma pessoa que me deixava confiante. Achei que estava totalmente bem, anos depois eu descubro que isso vai ser uma coisa que vou ter que lutar todos os dias da minha vida. E que meu bem estar e confiança não pode depender de outra pessoa.  

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Seguir em frente, uma difícil decisão.




“Ela é tão bonita, vocês fazem um ótimo par.
É hora de eu seguir em frente.
Provavelmente foi só uma paixão boba.
Mas eu não consigo deixar de pensar que poderíamos ter tido algo.

Eu estive cega para a realidade?” – All in my head, Tori Kelly.

      Acho que quando nos envolvemos com alguém nunca pensamos em como vai acabar. Só imaginamos a quantidade de momentos maravilhosos que poderemos compartilhar com aquela pessoa. Somos otimistas, esperamos felicidade, alegria, sinceridade, companheirismo, amizade, e com isso entregamos nosso coração a outra pessoa. E com toda a esperança que possuímos, confiamos que o sentimento será reciproco. Porém, o que fazer quando nos decepcionamos ? 
     Existem muitas pessoas por ai que preferem não colocar o amor em jogo e nunca diz "sim" pra um envolvimento, Eles preferem não lidar com a chamada decepção, caso as coisas não saiam como esperado. Eu sempre quis ser esse tipo de pessoa, e por diversas situações usei a mascara de "não me importo", quando realmente estava me importando. Como muitas pessoas tenho um grande medo da rejeição, tentar não ligar pra sentimentos, é um modo de defesa. 
      A pouco tempo atrás, eu encontrei uma pessoa que, na minha opinião, valia um esforço da minha parte para as coisas darem certo. Desde criança eu idealizei um tipo de cara pra ser meu namorado, divertido, inteligente, espontâneo, engraçado e acima de tudo, amigo. A situação era meio complicada, então eu decidi não manifestar-me em relação a sentimentos, e muito menos fazer qualquer tipo de plano. É meio assustador quando você percebe que começou a se envolver emocionalmente, eu ficava muito nervosa na presença dele e ao mesmo tempo radiante, eu tentava não demonstrar o turbilhão de emoções. Às vezes eu não sabia bem o que falar, como agir, eu fazia um esforço pra ser eu mesma, parecia que dava tudo errado. E isso hoje, parece que não foi muito justo, era muita confusão, tenho a impressão de que ele não me conheceu realmente, Pra ser sincera, eu tenho um dilema na minha mente: eu não lutei pra conquistar ou talvez, não existia uma luta.
    Contudo, quando esse tipo de situação é encerrada, não sabemos como deve ser nossas ações a partir daquele momento. Não sabemos o que falar ou se devemos falar, não sabemos se ainda fazemos parte da vida daquela pessoa. E é difícil, porque tentamos tirar da cabeça todas as inúmeras situações diferentes que vem junto da conjunção "se". "Se, talvez eu tivesse falado", "Se, eu tivesse agido de forma diferente", "Se eu tivesse demonstrado". E a cada "se", nós nos martirizamos mais e mais. E chega um determinado momento em que você percebe, que aquilo não significou tanto pra outra pessoa como pra si, 
     Portanto, a decisão mais sensata a se tomar, é seguir em frente e não se agarrar as coisas que não podemos mudar. Deixar pra trás todos os "se", a angustia, a sensação de fracasso, tristeza. E continuar indo adiante, com a experiência e o aprendizado. E com a mesma esperança e otimismo que possuía antes de qualquer situação decepcionante, porque deixar de acreditar no amor, não vai te fazer melhor. A vida não é fácil, e  quebrar a cara é desmotivador. Entretanto, a mais na vida do que a dor que te fizeram sentir, uma música lenta, uma cerveja gelada, um bom amigo, Só temos uma vida pra viver, e não temos tempo pra esperar, há tantas coisas que podem ser feitas. Então, não tenha medo de feliz, nem todo mundo por ai, tem como objetivo partir um coração. 

Após o termino do meu relacionamento, qual esteriótipo eu sou?

"Eu já fui puta, promíscua, vagabunda Eu já fui queimada e chamada de bruxa Eu já fui presa por não ser tão princesa Des...